Pesquisas sugerem que o consumo excessivo de frutose exerce efeito lipogênico, ou seja, induz a síntese de lipídios e está associado com os componentes da síndrome metabólica, como resistência à insulina, aumento da circunferência abdominal, dislipidemia e hipertensão.
O aumento do consumo de frutose é paralelo ao aumento da prevalência de obesidade no Brasil e no mundo. Dietas ricas em frutose estão relacionadas com maior ganho de peso e resistência insulínica. A evidência de estudos clínicos e epidemiológicos recentes sugere que existem riscos associados com a ingestão de açúcar que vão para além do ganho de peso, cáries dentárias e deficiências nutricionais sendo, por isso, necessário reavaliar as recomendações nutricionais para os açúcares de adição e delinear estratégias que estabilizem a crescente utilização industrial e consumo de frutose.
O consumo de fontes de frutose também se associa com aumento da pressão arterial, aumento dos níveis de marcadores inflamatórios séricos, aumento dos lipídios plasmáticos e aumento do risco para desenvolvimento do diabetes tipo 2. São necessários estudos dose-resposta que determinem os níveis a partir dos quais se pode associar a frutose com os seus efeitos metabólicos nocivos.
A educação nutricional e o desenvolvimento de políticas públicas que busquem a redução dos alimentos fontes de frutose ou alimentos associados a estes pode ser uma estratégia para redução dos malefícios que o consumo de dietas ricas em frutose pode acarretar.
O consumo de fontes de frutose também se associa com aumento da pressão arterial, aumento dos níveis de marcadores inflamatórios séricos, aumento dos lipídios plasmáticos e aumento do risco para desenvolvimento do diabetes tipo 2. São necessários estudos dose-resposta que determinem os níveis a partir dos quais se pode associar a frutose com os seus efeitos metabólicos nocivos.
A educação nutricional e o desenvolvimento de políticas públicas que busquem a redução dos alimentos fontes de frutose ou alimentos associados a estes pode ser uma estratégia para redução dos malefícios que o consumo de dietas ricas em frutose pode acarretar.
Apesar da frutose conter baixo Índice Glicêmico, ela apresenta fácil absorção e metabolização. O resultado é que ela é MUITO MAIS facilmente convertida em gordura corpórea do que outras moléculas de glicídios, mostrando-se não ser lá a melhor das opções.
Dr. Audie Nathaniel Momm - Médico
Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Referências:
- ABESO em http://www.abeso.org.br/noticia/site-da-abeso-disponibiliza-tabela-de-teor-de-frutose
- Stanhope KL. Role of fructose-containing
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- Ferder L, Ferder MD, Inserra F. The role of high-fructose corn syrup in
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- Samuel VT. Fructose induced lipogenesis: from sugar to fat to insulin resistance. Trends Endocrinol Metab. 2011;22(2):60-5.
- Wiernsperger N, Geloen A, Rapin JR. Fructose and cardiometabolic disorders: the controversy will, and must, continue. Clinics (Sao Paulo). 2010;65(7):729-38.