Quase
um terço das crianças e adolescentes estão com sobrepeso ou obesos nos
EUA. Mas há evidências crescentes que mostram: oferecer alimentos
saudáveis nas escolas e comunidades e integrar a atividade física na
vida diária das pessoas são ações que contribuem para as reduções nas
taxas de obesidade infantil.
Quem mostra os resultados é a Robert Wood Johnson Foundation (www.rwjf.org)
No
Novo México, houve declínio de 5,3% da obesidade entre alunos da
terceira série. Basicamente, por lá, as atitudes se resumiram em
promover a atividade física e as refeições saudáveis nas escolas.
Facilitar o acesso a bicicletas e meios de transporte alternativos entre
a comunidade também fizeram parte das iniciativas.
No
Mississipi, a redução foi de 13,3%. Levando em conta que o Estado
esteve no topo do ranking dos índices de obesidade entre crianças e
adultos, as mudanças por lá foram drásticas. E criativas. Além das
iniciativas convencionais, como promover o consumo de comida mais
saudável nas escolas e conscientizar a população para a importância da
atividade física, Mississipi entrou para um projeto nacional que toma
medidas para que as ruas sejam mais seguras e acessíveis para caminhadas
e pedaladas. Outro bom exemplo: o projeto Move to Learn encorajou
professores dos arredores a promover atividades físicas curtas durante
os intervalos.
A
Califórnia, cuja reputação está na vanguarda do combate à obesidade,
também integra o levantamento da RWJF. Ações rigorosas se iniciaram em
2004, como a proibição da venda de refrigerantes e outras bebidas
adoçadas com açúcar nas escolas, a limitação de calorias, gorduras
saturadas e açúcares presentes em lanches oferecidos ou vendidos nas
escolas, e a exigência de informações sobre calorias em menus de
restaurantes.
O
RWJF dá mais detalhes sobre os avanços obtidos nas 11 localidades, em
seu site. A organização alerta ainda para o fato de que é preciso
aprimorar os programas de combate à obesidade nas escolas e nos
programas de saúde e nas comunidades, levando em conta as disparidades
sociais – o maior entrave para o sucesso heterogêneo do projeto.
Dr. Audie Nathaniel Momm - Médico
Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Referência:
ABESO em http://www.abeso.org.br/noticia/avancos